Encerrado na
segunda-feira o prazo para a definição de alianças partidárias para as próximas
eleições, a presidente Dilma Rousseff, candidata à releeição pelo PT, garantiu
um tempo de propaganda eleitoral gratuita superior ao que teve no último
pleito.
Já o PSDB do senador Aécio Neves,
segundo colocado nas pesquisas, terá à disposição uma faixa de tempo bastante
inferior à que seu partido obteve em 2010.
Segundo cálculos baseados no
número de partidos que anunciaram candidatura à Presidência, Dilma terá 11 minutos
e 25 segundos em cada bloco de propaganda eleitoral – 47 segundos a mais do que
teve em 2010.
O candidato tucano, por sua vez,
deverá ter quatro minutos e 36 segundos de tempo eleitoral, a segunda maior
fatia entre os candidatos.
O acréscimo no tempo do PT se
deveu, principalmente, à entrada na coalizão governista do PSD, do ex-prefeito
paulistano Gilberto Kassab, dono da terceira maior bancada na Câmara dos
Deputados.
Esse fator compensou as defecções
do PSB – que lançou o ex-governador pernambucano Eduardo Campos à Presidência –
e do PTB, que supreendeu ao ingressar na chapa de Aécio. A coalizão governista
é apoiada por PMDB, PDT, PP, PR, PC do B, Pros e PRB.
Já o PSDB viu seu tempo diminuir
em relação à campanha presidencial de José Serra, em 2010, que contou com sete
minutos e 18 segundos. A explicação foi a redução das bancadas que apoiam o
partido e à saída da chapa do PPS, que apoiará Eduardo Campos. A campanha Aécio
é apoiada por PTB, Solidariedade, DEM, PTC, PT do B e PMN.
Terceiro colocado nas pesquisas,
o candidato do PSB terá a terceira maior fatia: dois minutos e quatro segundos.
Em 2010, a então candidata do PV à Presidência e hoje vice de Campos, Marina
Silva, teve um minuto e 26 segundos. Além do PPS, apoiarão Campos duas siglas
nanicas: o PRP e o PHS.
Os demais candidatos à
Presidência – entre os quais Pastor Everaldo, do PSC, Luciana Genro, do PSOL, e
Eduardo Jorge, do PV – terão cerca de um minuto cada.